Após discurso, parlamentares cobram responsabilidade de Bolsonaro

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deu o tom de como grande parte do Congresso Nacional recebeu o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro. Alcolumbre disse que as declarações foram graves e cobrou uma liderança “séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população”. Ele se pronunciou em nota divulgada pela assessoria de imprensa.

Em rede nacional de TV nesta terça-feira (24), Bolsonaro voltou a falar em “histeria” em torno da pandemia do novo coronavírus e criticou o fechamento de escolas, entre outras medidas adotadas por governos e municípios.

Enquanto Bolsonaro fazia o pronunciamento, houve panelaço em cidades de alguns estados do país.

O mandatário voltou ainda a citar a cloroquina, remédio que ainda não tem a eficácia contra a nova doença, a covid-19. De acordo com dados oficiais atualizados nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza 46 mortes e 2.201 casos confirmados, um aumento de 16,4% em um dia.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), um ex-aliado de Bolsonaro, cobrou do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma posição a respeito de um pedido de impeachment de Bolsonaro. “Nosso pedido de impeachment está nas mãos do Rodrigo Maia. Feito por grandes advogados. Rodrigo espero que Leia com atenção”, afirmou pelo Twitter.

Joice Hasselmann (PSL-SP) classificou o presidente como “irresponsável, inconsequente e insensível”. Ela chegou a questionar a sanidade mental de Bolsonaro. “O Brasil precisa de um líder com sanidade mental. Todas as chances que o PR (presidente da República) teve de acertar ele mesmo jogou fora”, criticou.

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse que as palavras do presidente causaram mais confusão do que trouxeram esclarecimentos. “Gera dúvida sobre o comportamento a ser seguido pela população, cuja boa parte é formada não por atletas, mas por idosos, diabéticos, hipertensos, estressados e deprimidos. O governo precisa ter unidade no discurso, seja qual for, pediu o parlamentar.

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) declarou que o presidente foi “irresponsável e oportunista”.

Senador e ex-ministro da Saúde no Governo Lula, Humberto costa (PT-PE) considerou as declarações como um desrespeito às vítimas da doença. “Bolsonaro chamou o #Covid19 de ‘gripezinha, resfriadozinho, histeria’, num gesto de desrespeito às vítimas fatais, suas famílias e todo o país. Atacou a imprensa uma vez mais. Em vez de tentar se restaurar no cargo de presidente, usou sua fala para ridicularizar o grave momento”, criticou.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lembrou que o isolamento vem sendo adotado em todo o planeta na tentativa de contenção da pandemia do coronavírus. “A cada dia vemos que o presidente se supera. A Índia e o resto do mundo decretando quarentena e aqui a ordem do presidente é a aglomeração. Definidamente sem palavras pra definir tamanha irresponsabilidade”, lamentou.

As palavras de apoio a Bolsonaro no Congresso Nacional partiram principalmente dos seus filhos. O senador Flávio Bolsonaro (sem partido) disse que o pai estaria falando apenas a verdade para o povo brasileiro. “Fala a verdade ao povo brasileiro: proteger os mais vulneráveis (idosos e com doenças pre-existentes) e retomar a normalidade no país! Outros líderes mundiais já esboçam iniciar o mesmo movimento. Com coragem, Presidente @jairbolsonaro faz pronunciamento para que onda do coronavírus seja menos mortal que a onda da recessão, logo a seguir”, defendeu.

Na mesma linha, o deputado Eduardo Bolsonaro (sem partido) afirmou que haveria um suposto movimento de líderes mundiais para colocar fim às medidas de confinamento e assim “resguardar os grupos de riscos e permitir que a epidemia tenha sua natural curva de declínio – igual foi com o H1N1, que é mais letal do que o coronavírus – sem que com isso a recessão destrua todos os países”.

Segundo o Correio, o líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO),  fez coro aos filhos do presidente e elogiou o pronunciamento. “A sua visão de estadista e a sua coragem em ir na contramão da histeria coletiva, construída sem critérios racionais, vão salvar as vidas de milhões de brasileiros”, pontou o parlamentar.

Confira o pronunciamento completo do presidente.

 

Informações do Correios.

Esta postagem foi publicada em 25 de março de 2020 09:45

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